Leve…

Esse era o título do post no Blog da Biessa ontem.

Eu não sabia que iria me identificar tanto com o post, que vocês podem ler clicando AQUI. O link para o blog encontra-se nos meus links, no menu de navegação à direita.

Eu sempre fui magra. Passei minha infância e adolescência com a benção da genética, pois tendo família toda muito magra, engordar nunca foi um problema. Claro, eu sempre fui corpuda…genética da italianada.  Mesmo sendo magra, barriga retinha e tudo mais, eu sempre tive pernão, bração (meus amigos na escola diziam que era de cozinheira de orfanato e que eu podia dar uma surra em qualquer um deles lá….rs), peito e bumbum. Dessa forma, nunca precisei frequentar academia (também nunca gostei…) e nunca, mas nunca mesmo, precisei prestar atenção ao que comia. Mesmo porque eu sempre gostei de jogar vôlei, basquete, dança e treinava em todos os horários possíveis na escola.

Não vou nem colocar uma foto daquela época porque me deprime. Sério.

Eu entendo que a gente não pode esperar ter o mesmo corpo da adolescência 10 anos depois. E eu juro que não é isso que eu espero. Mas a maneira como as coisas aconteceram…

Morando na mesma cidade onde fiz faculdade, eu ainda assim levava 3 horas e tra-lá-lá para chegar à faculdade, mais 3 horas para voltar. Eu ainda trabalhava cerca de 10 horas por dia. Façam as contas.

Para tentar melhorar minha qualidade de vida, quando fui fazer estágio em uma grande empresa próxima a USP, resolvi torrar todinha minha bolsa de estágio no aluguel de um apartamento lá perto. E voltava para a casa dos meus pais nos finais de semana, como se fosse uma estudante do interior…

Fiquei sozinha no primeiro ano. Morava sozinha, não tinha móveis no apartamento, nada. Só meu dormitório e por mais de um ano, só um rádio. Fiquei sem TV.

Essa solidão me fez muito mal. Comecei a engordar e no começo não dei muita atenção à coisa. Atribuí ao fato de não estar mais comendo a comida da minha mãe, comer fora…e como eu não gosto/sei cozinhar, era comida de fora todo dia mesmo.

Em 3 meses, 15 quilos. Vocês imaginam? Eu perdi TUDO o que me servia. Todas as minhas roupas…e provavelmente a minha identidade.

Procurando o médico, descobri que tinha sido um problema hormonal.

Nesses anos, eu já fiz dieta…já comecei e parei academia…aula de danças (as únicas que eu realmente gostei de ter feito). Já desisti e me assumi como gordinha. Já fiquei deprimida. Já chorei muito depois de tentar comprar roupas.

Com o tempo, me conformei. Mesmo. Comecei a não ficar triste quando as pessoas insinuavam que eu estava gordinha, quando me perguntavam se eu não estava de dieta…e todas as vezes que precisei usar biquini, usei. Nunca deixei de me divertir por causa do que os outros poderiam pensar. Sempre foi uma coisa mais comigo do que com os outros, sabem?

E por que o post da Biessa mexeu tanto comigo? Porque eu sou compulsiva. Preciso comer todos os brigadeiros da festa para sossegar. E passar mal à noite para me arrepender.

E daqui 9 meses vou me casar. E daqui 3 meses vou começar a procurar meu vestido. E nem sei como vai ser depressivo isso se eu não consigo comprar nem uma calça que fique bem em mim…

O Gustavo jura de pé junto que me acha linda. Eu não duvido, ele mostra mesmo. Mas eu não acho que ele entenda totalmente como é para mim. Ele adora que eu use salto alto, mas praticamente não consigo sair mais assim. Como estou muito pesada, dói o pé, o joelho…doem as costas… Caminhar é um martírio. Andar poucos metros faz com que eu perca o ar, comece a suar e fique muito cansada. Ele adora sair andar de mãos dadas por aí e eu simplesmente não consigo.

E tem dias em que simplesmente nada faz com que eu me sinta bonita. Tudo marca, as roupas que eu gostava de usar são totalmente inadequadas à minha nova forma…ao meu “novo” corpo (que nem é tão novo assim….).

Além do mais, nós temos um hábito forte aqui em São Paulo: sair para comer. A gente não sai para conversar, para beber, para passear: nosso escopo é sempre comer. Eu não tinha percebido isso até começar a namorar um mineiro. E modéstia a parte, São Paulo é uma cidade que cumpre o papel de restaurante do Brasil com excelência…

Não quero sofrer quando chegar na fase do vestido. Quero poder curtir esse momento..momento pelo qual esperamos toda a vida, não? O vestido de noiva…

Vou começar já. Recebi a indicação de um ótimo endócrino de uma professora que trabalha comigo. Vou fazer direito. Não só para parecer linda, mas para ESTAR BEM nessa nova fase da minha vida que vai começar…

Para mim, tão importante quanto escolher flores ou o cardápio. Por isso, assim como a Biessa fez, estou compartilhando isso com você. Ela tem razão quando diz que falar de um problema é o primeiro passo para superá-lo.

E assim seremos de fato LINDAS, LEVES E…NOIVAS!

Ótimo final de semana para vocês.

12 Respostas para “Leve…

  1. A designer Diana Cantídio tem acessórios de cabelo de BA-BAR! São coisinhas delicadas e fofas…

    Thaise, fiquei emocionada com seu post. Bom saber que de um jeito ou de outro dei força a alguém 🙂
    Sei BEM como é isso de comer até passar mal. às vezes eu até mesmo como coisas que não gosto simplesmente para ‘preencher’ alguma coisa. É triste.

    A saúde (do corpo e da cabeça tb!!) em primeiro lugar.

    Estamos juntas nessa!
    Beijo

  2. OPS! vc percebeu que eu copiei e colei errado né! rs Tava preparando um post no word qd vi seu post e escrevi o comentário embaixo. Ignora a primeira frase! HAHAHAHA

    Beijos

  3. Thaise, também estou na luta para emagrecer. Não quero ficar desanimada/irritada/depressiva quando for comprar o vestido. Entrei para academia e estou controlando a alimentação.
    Não é fácil, mas não vou desistir. =)

  4. Oi Thaise, td bem? Bem, sei lá, eu encaro as coisas talvez um pouco diferente…!! Acho sim q a gente tem q se sentir bem com o vestido, mas não acho necessariamente q seja toda esta luta pra emagrecer, até porque têm vestidos q favorecem o corpo da mulher, tem outros q já não…! Acho importante a mulher conhecer bem o seu corpo, até pra buscar modelos q destaquem qualidades do corpo dela! Bem, eu fui bem tranquila para a prova do meu…! Não sou magérrima, nem gordinha, tenho 1,54m, 55kg, mas sou digamos atlética, corro 4x/semana…Acho q este padrão ‘magérrima’ q mtas vezes as próprias mulheres se impõe péssimo…Até pq não me parece um padrão saudável…E vejo mtas vezes q isto parte das próprias mulheres q querem, a todo custo, parecerem mais magra

    Eu mandei para o seu email do MSN um texto do Word sobre como foi a primeira prova do meu vestido de noiva, dando umas dicas e tal…Talvez seja útil para a mulherada. Dá uma lida, veja se gosta!

    Bjs!

    • Não acho que ninguém aqui estava lutando para ser magérrima e consequentemente, bonita. Eu por exemplo, estou 12 quilos acima do meu peso…e como deixei muito claro, é uma questão de saúde. Pelas dores nas costas, por me sentir bem ao fazer pequenas caminhadas, para que as roupas que eu gosto fiquem bem. Como disse, é muito mais por mim do que pelos outros. Eu não tenho 15 minutos do dia para praticar atividade física e como sempre fui muito ativa, me faz falta….

  5. Tenho certeza que vai estar linda e bem no seu casamento..O mais importante é vc se sentir importante e linda, e vc vai conseguir!!!
    Muitaaas felicidades!
    Eu por exemplo, nao consigo engordar, e ser muito magra, tbm é um problema, e grande tbm!! mas se Deus quiser vamos encontrar “O Vestido” e vamos ficar bem..Não so no dia do casamento e sim em todos os dias, né?!?

    • Exatamente. O casamento é a melhor desculpa. Mas como eu disse, eu quero estar bem na nova fase da minha vida. Andar de mãos dadas com o Gustavo sem perder o ar já é um ótimo começo! hahahaha

  6. Ise, me identifiquei total com seu post, bem como o da noiva carioca.
    Assim como vocês, eu engordei bastante nos últimos anos, mais precisamente nos 5 anos de namoro. Realmente programa de casal é sair para comer, muito difícil fugir disso.
    Também nunca tive problema com a balança, sempre comi de um tudo sem me preocupar, por muito tempo eu não entendi as neuras das mulheres com peso e a mania de dietas. Chegou minha vez.
    Alimentação desregrada, metabolismo em marcha lenta, não tem jeito: nós somos o que comemos. Ao corpo, o ônus.
    Enfim, também já assumi que sou “gordinha” e dentro disso procuro me sentir bem e confortável.
    Sobre a sua preocupação com o vestido, fica tranquila. Eu achei que ficaria enorme de branco, que seria quela coisa horrorosa, mas não foi nada disso.
    É impossível não ficar bem dentro de um vestido de noiva, eles são feitos para nos deixar maravilhosas. E existem modelos para todos os corpos. Vai dá tudo certo!
    Boa sorte com os esforços para estar mais leve no casório.

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